Você é consumista compulsiva?







O ato de comprar muitas vezes não está relacionado simplesmente com a aquisição de bens para o consumo. As compras podem assumir uma ligação com a frustração ou a solidão.



Cresce cada vez mais o número de pessoas que procuram ajuda psicológica ou psiquiátrica para controlar o consumo compulsivo.

O costume de comprar aparece por volta dos 18 anos, quando apesar de não comprarem, os jovens gastam horas experimentando roupas.

O consumo compulsivo pode comprometer desde o equilíbrio emocional até o orçamento familiar. Diante da impossibilidade financeira de adquirir um produto, a ansiedade da pessoa pode ser aumentada.

O professor Roberto Pani aponta que o consumo pode funcionar para remediar carências.
Dificuldades de relacionamento podem ser sinalizadas pela compulsão. Giovanni Siri salienta que a identidade é fundamentada através das relações com o próximo. Sendo assim, diante de situações nas quais as pessoas se sentem ansiosas e frágeis, essas podem tentar preencher a falta de relações mais complexas, adquirindo objetos, já que esses não as rejeitam nem decepcionam.

O consumidor só se satisfaz ao adquirir o produto cobiçado, porém este tem um valor simbólico, ou seja, quando é adquirido perde seu valor, uma vez que o que está por trás da compra pode ser a tentativa de suprir carências afetivas.

Por Patrícia Lopes




domingo, 7 de fevereiro de 2010

Viciada em compras .





Atire o primeiro par de sapatos quem nunca se rendeu às delícias do consumo. Mas, cuidado: os excessos desse hábito podem esconder um transtorno de comportamento.


por Fernando Torres
Todo maringaense que se preze adora sair para as compras. Nas lojas, é difícil resistir aos impulsos das vitrines e adquirir algo simplesmente porque está “na moda”. O problema é quando essa prática assume formas compulsivas e recorrentes. O consumismo exacerbado tem até nome e registro no DSM-IV, o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais. Trata-se da oneomania, um transtorno de ansiedade regularizado nos anos 90.
No Brasil, de acordo com uma pesquisa do Serasa, 3% da população é consumidora compulsiva. Número baixo quando comparado à Inglaterra, campeã mundial do consumo, que atinge 8% da população. Nem precisa dizer que a esmagadora maioria dos viciados em compras está concentrada no sexo feminino. Elas fazem jus à fama: estima-se que quatro em cada cinco consumistas sejam mulheres.
Embora o assunto seja geralmente tratado com bom humor – e uma pontinha de sarcasmo –, este é um problema grave e que traz muito incômodo. Além de uma casa entupida de tralhas e um guarda-roupa com peças nunca usadas, o shopaholic (termo criado para designar os consumistas) vê-se freqüentemente atolado em dívidas, que impedem a formação de um patrimônio sólido. Que o digam os juros de cartão de crédito e cheque especial. 



A assistente administrativa Paula Carvalho (nome fictício), 25, já foi uma consumista compulsiva. “Há alguns anos, não conseguia sair de uma loja sem fazer ao menos uma comprinha”, relembra. O pior é que Paula era daquelas consumistas seletivas: chegou a ter sete bolsas da grife Victor Hugo (quem já teve a curiosidade de olhar a cifra na etiqueta de um exemplar da espécie sabe o que isso significa). Por conta desse hábito, a moça se atolou em dívidas e teve que trabalhar para pagar as faturas do cartão. Foi o namorado, atual noivo, quem abriu seus olhos para o vício, e a ajudou a sair dele.
TÁTICA DE COMPENSAÇÃO
A questão é que os shopaholics não são, necessariamente, pessoas fúteis ou fisgadores de promoções. O consumidor compulsivo sai às compras mais para despejar sua ansiedade e minimizar suas frustrações. Às vezes, em situações mais comuns, essa tática de compensação funciona. Admita: é revigorante se autopresentear com mimos de vez em quando.
Contudo, quando comprar já se tornou um vício, não é bem assim. A relação de dependência é mais ou menos a mesma que ocorre com os viciados em álcool. Conforme a psicóloga clínica Mônica Issa da Costa, “ao terminar a maratona de compras, ocorre uma diminuição da ansiedade, mas logo que a pessoa entra em contato com as conseqüências de seus atos, vêm a culpa e a frustração”. É aí que se cria a mania: para aliviar novamente a ansiedade, parte-se para novas compras, que criam mais frustrações, que dão origem a novas compras...
Apesar de não ser determinante para esse comportamento, a era pós-moderna também dá sua contribuição para o aumento desse transtorno. Hoje, mais do que ser, importa ter. A mídia, por sua vez, impõe o que as pessoas devem comprar. Nada mais natural que os shoppings centers assumam o posto de templos religiosos e suas vitrines exerçam força hipnótica. Assim, o consumismo entra na lista dos prazeres hedonistas. Mais uma vez, passada a sensação do momento, o objeto cobiçado perde o seu valor. Para todos os efeitos, o que importa ali é simplesmente consumir.
POR TRÁS DO CONSUMO
Por trás do consumismo excessivo, geralmente estão escondidos vários problemas. O “pacote” completo costuma incluir uma família desestruturada, frustrações na infância ou adolescência, problemas de relacionamento conjugal e até depressão. Noutros casos, pessoas que assumiram recentemente uma posição social e financeira mais elevada também tendem a desenvolver o transtorno. “Mas isso não é regra”, lembra Mônica. “Por isso, sempre é necessário um diagnóstico terapêutico.”
A psicoterapia, aliás, pode ser de grande ajuda para o controle desse distúrbio. É no divã que o shopaholic irá descobrir as razões que o motivam a agir de forma compulsiva e aprender a lidar com elas. Em casos de depressão, o compulsivo deve procurar um psiquiatra, que deve lhe receitar antidepressivos.
Mesmo depois do tratamento, muitas pessoas compulsivas ainda precisam passar por um período de, digamos, abstinência. Comprar demais já se tornou um hábito e é natural que ele volte a repeti-lo se tiver oportunidade. Por isso, na dúvida, o melhor a fazer é quebrar os cartões de crédito e rasgar os talões de cheque. “Talvez seja interessante passar temporariamente o controle dos seus bens para alguém de muita confiança”, sugere Mônica. Apenas uma segurança para eventuais recaídas{.}



Fonte  : http://midiaesaude.bs2.com.br/?action=mais&materia=174 


                      Consumista de carteirinha

http://thumbs.dreamstime.com/thumb_261/1208818132R7eg23.jpg

Suas armas são os cartões de créditos. Seu paraíso, as lojas. Alguns chegam a atingir o nirvana quando vêem as palavras "sale" e "promoção" em destaque naquela roupa de grife ou naquele tênis importado. São os consumistas compulsivos. Provavelmente você deve conhecer um - enrustido ou assumido. Entre as mulheres, o comportamento é ainda mais comum. Segundo a pesquisa "O Consumidor do Século XXI", divulgada nesta terça-feira pelo Ibope Mídia, 21% das brasileiras vão às compras para se sentirem mais calmas e felizes. O levantamento ouviu 3.400 pessoas em 11 regiões metropolitanas do Brasil e concluiu que a população gasta, em média, 15% da renda familiar com compras pessoais - principalmente roupas, no caso das mulheres.

São pessoas que não conseguem controlar seus impulsos diante de uma vitrine, como a estudante de publicidade Mariana Figueira, de 21 anos: "Ir às compras é meu hobby preferido. Como chocolate engorda, controlo a minha ansiedade passeando nos shoppings. Alguns me chamam de patricinha, mas não concordo. Aproveito quando as lojas estão com descontos e gosto de presentear minhas amigas também", confessa ela, que já chegou a gastar R$ 800 no shopping em um fim-de-semana. "Sou viciada em bolsas e sapatos. Se não compro um por semana, não fico feliz. Acho que herdei isso da minha mãe, que sempre foi meio perua", brinca a estudante. Mas a alegria que muitas sentem ao sair do shopping cheias de sacolas pode ser apenas uma ilusão...


“Em todas as minhas conversas eu falava sobre dinheiro. Chorava e não conseguia dormir por causa do endividamento. Foi aí que percebi que estava doente e precisava de ajuda”

A compulsão por comprar tem um nome: oneomania. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 1% da humanidade sofre desta doença. No Brasil, pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) mostram que os oneomaníacos chegam a 3% da população e quem mais tende a manifestar a compulsão são as mulheres, os jovens e, recentemente, os internautas. Um traço comum aos oneomaníacos é o impulso desenfreado de obter determinado item, independentemente da sua utilidade ou necessidade real. "É como uma droga. A adrenalina, a ansiedade... Você vê uma coisa na loja e pensa 'tenho que ter aquilo, tenho que ter aquilo'. E com a mesma rapidez que essa vontade de comprar vem, ela se vai. Depois de comprado, o objeto perde totalmente o valor", explica Erika*, onemaníaca em recuperação.

Para Neda Matos, psicanalista da Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Janeiro, aqueles que consomem por impulso o fazem para "tamponar um vazio": "Pode ser a falta de algo que foi perdido, da perda de alguém, e até de uma dificuldade por não saber que caminho tomar. Em outras palavras, a impossibilidade de não se permitir sofrer", esclarece. "Na sociedade contemporânea, o que se verifica é uma ânsia em ter para ser. Ter uma roupa de grife significa, por exemplo, ser rico, ter status. É como se a pessoa só existisse a partir de um objeto; objeto este ditado pela mídia", completa a psicanalista, que lembra, ainda, que transtornos deste tipo geralmente levam as pessoas a sentimentos de frustração, tédio, solidão e depressão.

Lutando contra o vício

Erika já sofreu muito com a compulsão por gastar. Não conseguia ficar sem comprar roupas e acessórios, para si mesma ou para outras pessoas. "Perto do Natal, então, eu achava que era obrigação dar presente para todo mundo. Para a sociedade, é lícito comprar, e por isso fica difícil admitir o exagero. Os oneomaníacos gastam para se compensarem ou para comprarem o afeto do outro. Tentam suprir uma necessidade emocional, preencher um vazio que não acaba", afirma. Erika chegou a adquirir dívidas de até 30 mil reais, sendo perseguida por credores e chamada de "sem-vergonha". "Em todas as minhas conversas eu falava sobre dinheiro. Chorava e não conseguia dormir por causa do endividamento. Foi aí que percebi que estava doente e precisava de ajuda", conta ela, que há três anos faz terapia e há dois participa dos encontros com os Devedores Anônimos.



Fonte : http://www.bolsademulher.com/estilo/Consumistas_de_carteirinha-12732-1.html

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